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Flu pode ficar sem prêmio do Brasileirão


Fred comemora gol do Fluminense no Campoenato Brasileiro (Foto: GazetaPress)
O título brasileiro é do Fluminense, com três rodadas de antecedência. Ninguém tira. Já o prêmio de R$ 9 milhões, entregue pela CBF ao campeão, corre o risco de ser penhorado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A diretoria tricolor alega que o órgão federal quer aumentar a parcela paga mensalmente pelo clube, de R$ 998 mil, referente às dívidas trabalhista e previdenciária de R$ 35 milhões, valor acumulado entre o período de 2007 e 2010.A medida da PGFN ameaça a situação financeira do clube, que poderá terminar o ano sem poder pagar salários, 13º dos funcionários e até mesmo despesas básicas, como contas de luz e água, garantiu o presidente Peter Siemsen.
"A Procuradoria está pedindo mais dinheiro, mas já estamos no limite. Como vamos pagar as nossas contas?", declarou o presidente.
O problema, que parecia ter sido resolvido, tem voltado à tona sempre que uma receita extra entra no caixa do clube. Foi assim com os R$ 4 milhões referentes ao contrato do Fluminense com a Rede Globo pelos direitos de transmissão de imagem, com a venda de Wallace para o Chelsea (R$ 14 milhões) e, agora, com o dinheiro do prêmio pelo título.
Para poder quitar a dívida de R$ 35 milhões, o Fluminense negociou com a PGFN uma forma de pagamento em parcelas. O clube propôs a quantia de R$ 998 mil, pagos durante os últimos três meses. Em janeiro, o valor aumentará para R$ 1,2 milhão. O problema é que não há um contrato formal para estabelecer as parcelas fixas, nem houve homologação de um juiz. O clube fez a proposta e a PGFN concordou com um "nada a opor".
"A Procuradoria não pode, por lei, fazer um contrato, não existe um "aceito" formal. É "de boca", mas a conduta não tem sido legal, porque mostramos o que poderíamos pagar, e, agora, eles querem premiação, venda de jogadores e não dá. Do contrário, inviabiliza o fim de ano do clube", disse Siemsen, que é advogado.
O dirigente afirmou que o Fluminense pagou R$ 11 milhões de impostos em 2011 e pagará R$ 12 milhões este ano. São valores referentes ao Imposto de Renda retido na fonte e tributos previdenciários.
"Estamos pagando em dia o ano corrente. O que está sendo discutido é o passado. Não devemos nada desde dezembro de 2010. O clube é campeão e a procuradoria quer penalizá-lo?", afirmou Siemsen.
Assim como o problema com a dívida, os valores que envolvem a negociação pela permanência de Abel Braga como técnico são altos. O Internacional estaria disposto a pagar R$ 900 mil de salário ao treinador, que conquistou a Libertadores e o Mundial no clube em 2006. O Fluminense afirmou, através de um dirigente, que não terá como cobrir a proposta, porque o orçamento para 2013 estaria fechado.
Abel e Ronaldinho
Por outro lado, apesar da resistência de uma parte da torcida tricolor, aumenta no clube a chance de Ronaldinho Gaúcho ser contratado para a próxima temporada. Mesmo com o contrato com o Flamengo, válido até 2014, suspenso por decisão judicial, o jogador estará livre a partir do fim do ano, quando terminará o acordo dele com o Atlético-MG.
O fato de ele receber cerca de R$ 350 mil no Atlético é visto com bons olhos. Ronaldinho chegou a receber mais de R$ 1 milhão no Flamengo e aceitou a redução para poder jogar. No Fluminense, poderia receber, pelo menos, mais R$ 400 mil, alcançando o valor de R$ 750 mil, o que já é pago a Thiago Neves, por exemplo.

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