O São Paulo se perdeu no jogo após levar o segundo gol de Al-Ittihad e ganhou por 3 a 2. O Internacional levou um susto ao ver o Al Ahly empatar e fez o gol salvador depois. O Santos ganhou por 3 a 1, mas levou bolas na trave e salvou bola em cima da linha. Sem falar no Mazembe... O histórico dos times brasileiros nas semifinais dos Mundiais de Clubes de Fifa é de dureza. E o Corinthians repetiu esse cenário nesta quarta-feira, ao eliminar o Al Ahly por 1 a 0 sofrendo. Desnecessariamente.
O Corinthians que vimos no primeiro tempo foi o Corinthians que nos acostumamos a ver com Tite. Um time marcando na frente, tendo o controle do jogo, mas sem conseguir criar jogadas. Mesmo assim teve algumas boas chances. Em compensação, não levou um ataque sequer (Cássio foi fazer uma defesa no meio da etapa final). Era uma partida tranquila, dentro do que gosta essa equipe, ainda mais depois do gol de Paolo Guerrero após ótimo levantamento de Douglas. Ponto para o treinador, que bancou o camisa 9 no time desde sempre.
Só que a linha de meias do Corinthians não funcionou o jogo inteiro. Danilo errou passes aos montes. Douglas participou pouquíssimo da partida. E Emerson parecia não ter a menor condição de jogo, tamanha a falta de explosão, a incapacidade de seguir nas jogadas e o número de decisões erradas. No primeiro tempo não fez falta, pois o time egípcio não saía. Na etapa final, com o Al Ahly saindo, gerou problema. E acabou tirando a intensidade do Timão.
Com a entrada de Aboutrika, o Al Ahly ganhou articulação e confiança. Com os meias mal, o Corinthians não conseguiu ficar com a bola para diminuir o ritmo adversário nem encaixar os contra-ataques. Só tinha Paulinho se projetando para levar o time à frente. E vendo que o jogo não encaixava, o Corinthians, automaticamente, se fechou após os 20 minutos para defender o resultado que já tinha no placar. Muita bola cruzada na área, já que o Al Ahly não conseguia penetrar e dois bons chutes, perigosos, de fora. Um tempo de cada time. Não é errado dizer que o time egípcio jogou o suficiente para merecer empatar. Mas não empatou.
Tite afirmou que o aspecto "obrigação" acabou interferindo no jogo hoje. Como exemplo citou que o Al Ahly foi melhor contra o Corinthians do que tinha sido na vitória sobre o Sanfrecce nas quartas-de-final quando, em tese, a obrigação era dos egípcios. É um argumento questionável. Mas pergunto: e na final? O Corinthians vai precisar jogar a "obrigação" para o outro lado?
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