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Acabe com as pragas sem perder a paciência



Temperos com cheiro forte podem ser aliados contra as pragas.
Animais e insetos são essenciais para o equilíbrio do ecossistema. Mas e quando os bichos decidem fazer da sua casa o habitat natural? Formigas, baratas, cupins, pulgas, morcegos, ratos ou pombos não são o que se pode chamar de boa companhia. Isso, sem contar as doenças transmitidas pela aglomeração dos indesejáveis visitantes. Para quem não consegue se livrar das pragas, acalme-se, técnicas caseiras são capazes de salvar o seu lar.
No topo da mais insistente em fazer da sua cozinha a própria sala de estar está a formiga.  As pequenas trabalhadoras que tanto incomodam quando invadem o seu espaço, podem ser facilmente convidadas a se retirar se adotar um passo simples: eliminar as migalhas. Se não há comida, não há motivo para circularem naquele ambiente.
Elas também precisam de água para sobreviver, então, acabe com as poças que ficam em vasos de flor, no quintal ou no canto da pia. “O inseto sobrevive dos nossos alimentos, ou seja, precisam de nós para existir. Este convívio íntimo pode ser minimizado quando se adota alguns hábitos para evitar que eles se hospedem na sua casa”, afirma o biólogo Henrique Seixas.
Recorra às dicas de quem vive em sítios para evitar que as formigas se proliferem. Use borras de café, hortelã, cânfora, alfazema e casca de limão para afastá-las. A confeiteira Maria das Graças, 37 anos, adotou o exemplo da sogra e garante que “a última opção é indicada, inclusive, para espantar as pequeninas do açucareiro”.
Conviver com as repugnantes baratas também não é uma experiência agradável. Para dar fim às reprodutoras que aparecem nas horas menos desejadas, táticas antigas funcionam. O primeiro passo é manter a casa sempre limpa, sobretudo dentro de armários. Vera Lúcia Barbosa, 61 anos, – a sogra de Maria – usa folhas de louro para evitar a presença do inseto. “Depois de tudo limpinho, é só espalhar as folhas nos cantos da casa, gavetas, prateleiras e chão. É infalível.”
A dona de casa indica ainda o uso de óleo de eucalipto – que também serve para afastar outros insetos por conta do cheiro. Natural, o óleo deve ser despejado em pedaço de tecido ou algodão ou pode ser dissolvido para ser borrifado nos lugares onde as baratas passeiam, há a opção de fervê-lo na água usada para limpar o chão. A última observação, não menos importante, é dificultar a chegada. “Precisa fechar todos os ralos por onde as baratas entram com algum tipo de tela”, insiste Vera Lúcia.
A prevenção é a melhor arma para evitar a infestação de qualquer praga. Segundo a veterinária Ana Lúcia Cavalcanti, com a pulga não é diferente. “O método ideal é cuidar bem dos animais de estimação (onde a pulga se hospeda e se alimenta), dando banhos periódicos e usando coleira inseticida antipulgas. “Indicamos lavar cobertores e suas casinhas. E, quanto menos carpetes, melhor”, reitera a médica.
E tem produto caseiro na lista novamente. A especialista recomenda uma mistura de cânfora com vinagre e cravo para espantar a pulga. É só misturar tudo no álcool e borrifar nos animais e na casa. “É uma receita segura, que não faz mal aos gatos ou cachorros, e útil àqueles que não gostam de produtos industrializados.”
Para acabar com os cupins de um móvel que ficava na área externa da casa, a mãe da recepcionista Júlia Marques, 18 anos, optou por uma técnica que aprendeu em um programa de televisão. “Antes de ligar para o serviço especializado, minha mãe tentou a dica. Envolveu a peça no plástico e colocou no freezer por uma semana. Eles não voltaram”, assegura. Mas especialistas alertam que a técnica só funciona em pequenos móveis e se não houver infestação. Cupim de solo, por exemplo, pede o olhar de empresas especializadas no combate às pragas urbanas.
No telhado de casa 
Um local limpo é essencial para manter pombos e morcegos afastados do telhado ou áreas menos visitadas da casa. Já que exterminá-los é crime, colocar sal grosso para se livrar dos pombos é uma boa opção, desde que o espaço não tenha sobra de comidas. Usar o predador morcego contra o pombo também funciona. O único problema é substituir uma praga pela outra.
Se a proliferação for de morcegos, é necessário identificar o lugar onde estão alojados e deixar apenas uma saída. Isso pode ser feito durante o dia, já que os bichos não gostam da claridade. À noite, o ideal é acender todas as luzes até o último deixar o espaço. Quando não estiver mais lá, é preciso fechar o último acesso com redes. Neste caso, naftalinas podem ser utilizadas para evitar que retornem.
De todos os inconvenientes, o acúmulo de ratos ainda é considerado o mais comum, portanto, o pior. Para impedir que os roedores apareçam, evite deixar alimentos espalhados. Isolar todos os ralos com telas é fundamental para impedir que entrem na sua residência.
Mas tudo isso só funciona se houver manutenção para eliminar as rachaduras das paredes e chão, lugares onde a maioria dos animais e insetos adota literalmente como lar. Uma opção rápida, se não sobrar dinheiro para a reforma, é fechar os orifícios menores com cera de vela ou sabão em pedra.



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